Amanhã, Azuil de Oliveira Ferreira será julgado em júri popular, acusado de tentar assassinar sua ex-companheira em frente ao Fórum Regional de Mangabeira, na capital paraibana. O crime aconteceu no dia 15 de fevereiro do ano passado, logo após uma audiência em que o casal discutia questões patrimoniais decorrentes do fim do relacionamento.
De acordo com a acusação, Azuil desferiu diversos golpes de punhal contra a vítima, na presença da filha do casal e de várias testemunhas, em um ato que chocou a comunidade local. O réu responderá por tentativa de homicídio triplamente qualificado, conforme explicaram os advogados de acusação, Dra. Thamiles Figueiredo e Dr. Gilberto Alexandre. As qualificadoras incluem o motivo fútil, a utilização de recurso que impossibilitou a defesa da vítima, e o feminicídio, levando em consideração a condição de ex-companheira do acusado.
“A gravidade deste crime é evidente na audácia do réu em tentar matar sua ex-companheira em via pública, em frente a um órgão do poder judiciário, à luz do dia e na presença da filha da vítima. Esse ato demonstra um total desprezo pela vida humana e pela sociedade”, destacou Dra. Thamiles Figueiredo.
A vítima, que sobreviveu ao ataque após ser socorrida e submetida a uma cirurgia de emergência, ainda enfrenta consequências físicas e psicológicas decorrentes da violência sofrida. O caso ganhou ampla repercussão e é visto como um marco na luta contra a violência doméstica e de gênero na região.
O julgamento, que ocorrerá no Tribunal do Júri do Fórum Regional de Mangabeira, atrai grande expectativa, tanto da sociedade quanto de organizações de defesa dos direitos das mulheres. A previsão é que o julgamento se estenda ao longo de todo o dia, com depoimentos das partes envolvidas e das testemunhas oculares.
A decisão do júri será determinante para definir a pena que Azuil de Oliveira Ferreira poderá enfrentar, e será acompanhada de perto por grupos de ativistas e pela imprensa local.