O chefe geral do Núcleo de Medicina e Odontologia Legal (Numol) de João Pessoa, Flávio Fabres, determinou o afastamento imediato de dois servidores do Instituto de Medicina Legal (IML) após o vazamento de imagens do corpo de Ruan Mendes, 6 anos. O menino foi brutalmente assassinado pela própria mãe, Maria Rosália, 26 anos, na sexta-feira (20), no bairro de Mangabeira 4, em João Pessoa.
A decisão veio após uma reunião extraordinária realizada devido à circulação de um vídeo que mostrava o corpo da criança decapitada na mesa de necropsia do IML. As imagens foram amplamente compartilhadas em grupos de WhatsApp, gerando indignação e choque.
Segundo apuração, os servidores afastados são um motorista, que prestava serviços ao órgão, e uma técnica em necropsia, que havia sido aprovada em concurso público e estava em estágio probatório. Ambos deverão prestar depoimento na próxima semana. O caso será encaminhado para a corregedoria da Secretaria de Segurança Pública da Paraíba, que investigará a responsabilidade pelo vazamento.
A divulgação de imagens de corpos sob a guarda do IML constitui uma grave violação de protocolos de segurança e ética, o que levou à rápida resposta da direção do Numol. Além de medidas disciplinares internas, o caso pode gerar implicações legais para os envolvidos.
A Secretaria de Segurança Pública ainda não se pronunciou oficialmente sobre o andamento das investigações, mas espera-se que medidas preventivas adicionais sejam implementadas para evitar futuros incidentes de vazamento de imagens sensíveis.