A Polícia Federal deflagrou, nesta sexta-feira (18), a Operação Livre Arbítrio, visando desarticular uma organização criminosa que teria exercido influência violenta no pleito eleitoral municipal da capital paraibana. As ações incluem o cumprimento de sete mandados de busca e apreensão e a aplicação de medidas cautelares diversas da prisão.

A investigação, que conta com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/PB), busca identificar a atuação de membros da facção criminosa em práticas de aliciamento de eleitores por meio de ameaças, coação e controle territorial.

Esquema criminoso no processo eleitoral

Segundo a Polícia Federal, a organização criminosa teria utilizado violência e intimidação para influenciar o resultado das eleições municipais, orientando eleitores a votar em candidatos específicos. Os investigados são suspeitos de diversos crimes, incluindo:

• Constituição de organização criminosa;

• Uso de violência para coagir o voto;

• Ameaça;

• Peculato;

• Lavagem de dinheiro.

As práticas apontam para um esquema estruturado, no qual o controle sobre comunidades e territórios foi utilizado como ferramenta para garantir votos, comprometendo a legitimidade do processo eleitoral.

Objetivo das ações desta sexta-feira

As diligências realizadas nesta fase da Operação Livre Arbítrio têm como foco a obtenção de provas complementares que reforcem as evidências colhidas nas investigações. O objetivo é identificar a autoria e a materialidade dos crimes e responsabilizar os envolvidos.

A Polícia Federal e o GAECO/PB acreditam que a coleta de novos elementos será essencial para aprofundar as investigações e desmontar a estrutura criminosa por trás das interferências no processo eleitoral.

Próximos passos

As investigações seguem em curso, e outras fases da operação não estão descartadas. A Polícia Federal destacou a importância das provas coletadas para garantir a responsabilização de todos os envolvidos e assegurar a integridade do processo democrático em João Pessoa.

As autoridades continuam monitorando as ações do grupo investigado e reforçaram que novas medidas podem ser tomadas a qualquer momento, dependendo do avanço das apurações.