O vereador Dinho Dowsley, presidente da Câmara Municipal de João Pessoa, foi alvo de medidas cautelares diversas da prisão nesta sexta-feira (18), em desdobramento das investigações da Operação Livre Arbítrio, deflagrada pela Polícia Federal. Dinho está sendo investigado por suposta participação em um esquema envolvendo uma facção criminosa que teria interferido no pleito municipal.
Entre as restrições impostas ao parlamentar estão proibições de acesso a certos bairros e órgãos públicos, além de suspensão temporária do exercício de sua função pública. As medidas cautelares foram aplicadas como forma de garantir o andamento das investigações sem necessidade de prisão preventiva.
1. Proibição de frequentar os bairros São José e Alto do Mateus – Áreas onde a influência da organização criminosa teria sido mais presente durante as eleições.
2. Proibição de frequentar órgãos públicos municipais, especialmente a Prefeitura de João Pessoa, para evitar interferências nas investigações.
3. Proibição de contato com outros investigados – A medida visa impedir a combinação de versões ou ocultação de provas.
4. Proibição de ausentar-se da comarca de João Pessoa por mais de 8 dias sem autorização judicial.
5. Recolhimento domiciliar – Dinho deve permanecer em sua residência entre 20h e 6h, incluindo dias de folga.
6. Suspensão do exercício da função pública – O parlamentar está temporariamente afastado das atividades legislativas enquanto durarem as investigações.
Operação Livre Arbítrio e desdobramentos
A Operação Livre Arbítrio investiga a influência de facções criminosas nas eleições municipais, por meio de ameaças, controle territorial e aliciamento violento de eleitores. Os investigados são suspeitos de diversos crimes, incluindo organização criminosa, coação eleitoral, lavagem de dinheiro e peculato.
Com o afastamento de Dinho Dowsley, a Câmara Municipal de João Pessoa poderá decidir se ele será substituído temporariamente por um suplente. A defesa do vereador ainda não informou se irá recorrer das medidas cautelares, mas Dinho emitiu nota afirmando sua confiança na Justiça e reforçando sua inocência.
As investigações continuam em sigilo, e a Polícia Federal, em conjunto com o GAECO/PB, poderá realizar novas diligências nas próximas fases da operação.