A Polícia Federal solicitou a prisão preventiva do prefeito de Cabedelo, Vitor Hugo (Avante), no âmbito da Operação En Passant, que investiga supostas relações entre a gestão municipal e grupos criminosos. O pedido foi negado pela desembargadora Maria Cristina Santiago, do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), que considerou que as medidas já adotadas no caso são suficientes para o andamento das investigações.
De acordo com a Polícia Federal, a gestão municipal teria exonerado, no mesmo dia da operação, servidores apontados como ligados a uma facção criminosa. Para a PF, o ato foi uma “tentativa desesperada de apagar provas” que poderiam confirmar uma ligação entre o prefeito, seu grupo político e a organização criminosa.
Deflagrada recentemente, a operação investiga possíveis vínculos entre integrantes da gestão de Cabedelo e grupos criminosos, com suspeitas de que servidores estariam sendo utilizados como ponte para favorecer interesses ilícitos. Durante as diligências, foram cumpridos mandados de busca e apreensão, além de medidas cautelares contra investigados.
O prefeito Vitor Hugo, por meio de sua assessoria, nega as acusações e afirma que as exonerações foram realizadas para “resguardar a integridade da administração pública” diante das suspeitas. A defesa do gestor sustenta que ele não tem qualquer envolvimento com atividades criminosas e que está colaborando com as investigações.
Ao negar o pedido de prisão preventiva, a desembargadora Maria Cristina Santiago destacou que não foram apresentados elementos suficientes para justificar a medida extrema. Segundo ela, o afastamento dos servidores envolvidos e as apreensões realizadas já garantem a preservação das provas e o andamento da investigação.
Apesar da negativa, a Polícia Federal continua apurando os desdobramentos do caso, que pode trazer novos elementos à tona. A situação segue gerando repercussão em Cabedelo, onde a população acompanha com atenção os desdobramentos das investigações.
A Operação En Passant é mais uma entre as ações da Polícia Federal que buscam combater o avanço de facções criminosas no estado, além de investigar possíveis elos entre administrações públicas e organizações ilícitas.